Checklist Prático de LGPD para E commerces: 7 Passos para se adequar em 30 Dias

Checklist prático de LGPD para e‑commerces: aprenda os 7 passos para adequar seu negócio em até 30 dias e evitar multas, bloqueios e danos à reputação.

7/31/20252 min read

Checklist Prático de LGPD para E‑commerces: 7 Passos para se adequar em 30 Dias

🛒 Introdução: Por que a adequação à LGPD precisa ser rápida?

Se você tem um e-commerce, coleta dados de clientes e realiza vendas online, a LGPD já se aplica ao seu negócio, mesmo que ele seja pequeno. A Lei Geral de Proteção de Dados está em vigor desde 2020, e o não cumprimento pode gerar:

· Multas de até 2% do faturamento;

· Bloqueios de anúncios em plataformas digitais;

· Perda da confiança dos consumidores;

· Notificações da ANPD e exposições públicas de infrações.

Segundo o portal Gatefy, muitas pequenas empresas ainda não sabem que estão operando fora da lei, colocando seus dados e sua reputação em risco.

A boa notícia? Você pode começar a mudar isso em 30 dias, com ações práticas e realistas.

✅ Passo 1: Mapeie os dados pessoais que você coleta

Antes de qualquer medida, entenda onde e como você coleta dados. Isso inclui:

· Formulários de contato no site ou checkout;

· Plataformas de email marketing;

· Atendimento via WhatsApp, chatbot ou redes sociais;

· Páginas de captura e anúncios.

Esse processo é conhecido como data mapping, recomendado por ferramentas como OneTrust e Pandectes.io. Sem esse diagnóstico, qualquer política será superficial.

✅ Passo 2: Nomeie um responsável pela proteção de dados

A LGPD exige que cada negócio tenha alguém responsável pelo cumprimento da lei, o chamado DPO (Data Protection Officer) ou “encarregado de dados”.

➡️ Dica prática: você não precisa contratar um novo profissional, pode designar alguém da equipe ou um prestador externo.

A função principal é atuar como ponte entre o negócio, os titulares de dados e a ANPD.

✅ Passo 3: Crie ou revise sua Política de Privacidade e Termos de Uso

Esses documentos precisam estar:

· Visíveis no rodapé do site;

· Escritos em linguagem clara;

· Com base legal e finalidades explícitas;

· Adaptados ao seu negócio (nada de copiar e colar!).

Ferramentas como Iubenda ou Vidizmo podem ser usadas como apoio, mas o ideal é ter um acompanhamento jurídico especializado para personalização.

✅ Passo 4: Obtenha consentimento ativo

Nada de checkboxes pré-marcados ou frases escondidas. O consentimento deve ser claro, informado e registrado. Para isso, utilize:

· Banners de cookies com gerenciamento de preferências;

· Caixas de aceite em formulários;

· Plataforma CMP (Consent Management Platform).

Ferramentas como Mandatly ajudam a registrar e gerenciar esses consentimentos corretamente.

✅ Passo 5: Ofereça um canal para solicitações de dados (DSAR)

A LGPD garante ao consumidor o direito de:

· Acessar seus dados;

· Corrigir informações;

· Solicitar a exclusão ou portabilidade.

Seu e-commerce precisa ter um canal visível e funcional para isso, seja um formulário no site ou um e-mail exclusivo.

Plataformas como DWC Consult e OneTrust oferecem soluções DSAR que podem ser personalizadas.

✅ Passo 6: Implante medidas mínimas de segurança

Mesmo que você não seja uma empresa de tecnologia, precisa proteger os dados que coleta. Ações simples e eficientes incluem:

· Acesso restrito aos dados dos clientes;

· Backups regulares;

· Criptografia nos dados sensíveis;

· Senhas fortes e autenticação em dois fatores.

Seguindo as boas práticas indicadas pela Gatefy e Mandatly, seu negócio reduz drasticamente o risco de vazamentos.

✅ Passo 7: Monitore e documente tudo

A LGPD não exige só que você esteja adequado — exige que você consiga provar essa adequação. Por isso:

· Documente todas as etapas de adequação;

· Mantenha logs de consentimentos;

· Faça auditorias periódicas;

· Atualize as políticas conforme mudanças no negócio.